Um jeito matemático de pensar: a
linguagem Matemática com o cotidiano, pois bem a linguagem
Matemática com o cotidiano está em jornais, revistas e panfletos de propaganda.
O Relacionamento entre professor e aluno é primordial para um rendimento
satisfatório, o que se discute são os enunciados, onde os alunos têm grande
dificuldade de interpretar o que está na questão e transformar essa linguagem
transcrevendo para o papel na solução de um problema matemático.
O professor licenciado em
Matemática deve criar mecanismos capazes de explorar esses materiais
auxiliares, mostrando ao aluno a importância da Matemática no dia a dia da
sociedade, consistindo numa importante forma de linguagem.
A utilização desse
tipo de material enfoca os estudos na leitura, interpretação de textos, análise
de informações e leitura de gráficos, promovendo uma Matemática
interdisciplinar, pois as revistas, jornais e panfletos fornecem textos
informativos ligados a diversos assuntos.
Os gráficos contribuem na
elaboração de um argumento descritivo e interpretativo, colaborando na
organização de dados; se o aluno possui um dinamismo no momento da leitura
gráfica, ele consegue criar relações entre os dados informados e a situação
abordada. Os panfletos informativos são caracterizados pela utilização da
Matemática financeira, por exemplo, os informes de supermercados, papelarias,
revendas de carros, lojas de eletrodomésticos entre outros, trazem em seu
conteúdo as mercadorias acompanhadas de seu valor comercial. Esse material será
introduzido no âmbito escolar a fim de estudar os conceitos percentuais,
através da comparação de preços.
Os jornais e as revistas
constituem uma fonte de pesquisas textuais, correlacionadas ao contexto
matemático atual. A leitura e a interpretação dos artigos auxiliam na resolução
dos problemas matemáticos, cooperando na formulação de situações resolutivas e
criação de novos problemas.
A linguagem Matemática
abordada até o momento é relacionada a materiais concretos. Outro tipo de
linguagem é pertinente à interação entre professor e aluno, onde a comunicação
verbal é o principal objetivo de um resultado educacional satisfatório.
Partindo dessa ideia de ensino por meio da linguagem Matemática, utilizaremos a
contextualização e a interdisciplinaridade visando o desenvolvimento de
técnicas, competências e habilidades, no intuito de capacitá-lo a compreender e
interpretar novas situações.
O jeito matemático de
pensar é o tema do livro de Renato J. Costa Valladares, para quem tem
dificuldade em Matemática indico este livro para leitura, e compreensão,
reflexão sobre a disciplina. Veremos que ela existe para nos ajudar e
solucionar problemas que encontramos no cotidiano.
1) Para que serve a
Matemática?
2) Por que estudar
Matemática?
3) Por que fui
obrigada a estudar equações, fórmulas regras e teoremas se nunca usei nada
disso na minha vida?
O questionamento é interessante,
cabendo a nós, professores de Matemática, dar a resposta, uma vez que “a única
pergunta inconveniente é a que nunca foi formulada”?
Dentre as muitas aplicações da
Matemática básica destaca-se:
a) O jeito matemático
de pensar desenvolve certa sensibilidade, esse jeito de pensar é extremamente
importante para quase todo mundo durante toda a vida.
b) Todas as matérias
ensinadas em nível elementar e médio visam prioritariamente a formação do
cidadão. A Matemática não foge a esta regra. Para atingir este objetivo são
desenvolvidos programas nos quais diversos tópicos são ensinados aos alunos.
Esses tópicos compõem um conjunto coerente de conhecimentos que se integram de
maneira a formar um patrimônio cultural matemático disponível para o
cidadão, que se vale dele ao longo de sua vida.
Pode ser
dividido em três faces:
· Face
prática cálculo do IR; ver se um móvel cabe na casa;
orçamento familiar; os conhecimentos usados pelo carpinteiro; comparar valores
de compras a vista e a prazo; ...
· Face
teórica refere-se aos conteúdos estruturais, a
importância e a beleza das teorias e como sementeira desperta nos estudantes a vocação para
profissões com base matemática.
· Face
cultural ajuda na compreensão dos acontecimentos da
vida e ajuda o cidadão a viver melhor. (compreender melhor as notícias que
ouve; comunicar-se melhor; interagir com a sociedade).
Os
programas que são ensinados aos alunos formam um conjunto de conhecimentos
acessíveis que se integram de maneira a formar o patrimônio cultural
matemático.
É pouco
provável que se possam identificar onde cada item estudado entra na composição
desse patrimônio; num certo sentido pode ser comparado a uma casa construída
com tijolo, ferro, cimento e outros materiais – quem mora na casa certamente
não identifica cada material separadamente. Da mesma forma, a pessoa que
adquiriu sua cultura matemática possivelmente não identificará onde equações,
logaritmos ou qualquer outro tópico estudado entrou para formar essa cultura,
muito embora, tal como o morador da casa ele usa essa cultura.
Este
pequeno resumo foi elaborado com idéias tiradas do livro “O jeito matemático de
pensar” de Renato J. Costa Valladares, com a colaboração de Assis Bontempo –
Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda, 2003.
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