O lúdico infantil no ensino de Matemática Você
sabe qual é a importância do ensino de Matemática através do lúdico na Educação
Infantil?
O artigo
fundamenta-se em discutir e destacar a importância do ensino de Matemática
através do lúdico na Educação Infantil. A Matemática é fundamental em nossas
vidas e, se não trabalhada desde cedo de forma divertida, pode ser a causa de
grande parte de repetentes no futuro. Através das obras pesquisadas, buscou-se
direcionar que os alunos desenvolverão melhor os conceitos matemáticos através
do lúdico, e desta forma serão melhores preparados para os estudos futuros.
As
brincadeiras, para o aprendizado da Matemática, devem ser dirigidas e com
finalidades, desenvolvendo assim capacidades importantes como: a memorização, a
imaginação, a noção de espaço, a percepção e a atenção.
Para
que o resultado seja positivo o professor deve estar preparado e abusar da
criatividade proporcionando prazer em aprender aos alunos.
Palavras
chave: ensino
infantil, matemática, lúdico.
1. INTRODUÇÃO
É considerável o número de alunos que enfrentam
problemas nas disciplinas da Matemática. Isso ocasiona um elevado índice de
repetência futuramente.
A Matemática faz-se presente em diversas atividades
realizadas pelas crianças e oferece aos homens, em geral, várias situações que
possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e a
capacidade de resolver problemas.
Entre os vários objetivos da Matemática, encontramos
o de ensinar a resolver problemas; e as situações de jogos representam uma boa
situação – problema, o que potencializa as capacidades para compreensão e
explicação dos fatos e conceitos da Matemática.
O lúdico no ensino da matemática, na Educação
Infantil, além de dinâmico, faz com que os alunos sintam maior prazer em
aprender, pois eles se identificam bastante com as brincadeiras e jogos.
O
primeiro contato com o lúdico faz com que os alunos participem ativamente das
aulas.
Na fase da Educação infantil, a criança ainda está
desenvolvendo a capacidade de atenção, pois eles dispersam com muita facilidade
e as brincadeiras ajudam nesse processo, pois as crianças sentem-se atraídas
pela atividade voltada para seu mundo.
Segundo Zatz Halaban (2006); brincar é essencial
para a criança, pois é deste modo que ela descobre o mundo à sua volta e
aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, o que quer que a
criança esteja fazendo.
A utilização dos jogos na atividades, ajudam a
desenvolver o interesse de cada um tornando-os capazes de compreender com
clareza as atividades e trabalhos aplicados na escola, deixando de existir
diferenças entre alunos em relação ao aprendizado. Todos têm a capacidade de
aprender, de uma maneira totalmente interessante para sua idade.
Segundo Kishimoto (1998) o jogo não pode ser visto
apenas como divertimento ou brincadeira para gastar energia, pois ele favorece
o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral.
Além de um bom aprendizado, o lúdico proporciona um
ótimo relacionamento entre professor/aluno/aprendizagem, pois um depende do
outro.
O brincar para as crianças não deve ter espírito de
competição, mas sim o prazer de descobrir e aprender.
A importância dos jogos no ensino da Matemática vem
sendo debatida há algum tempo, sendo bastante questionado se as crianças
realmente aprendem brincando. Por isso, ao optar por trabalhar a Matemática por
meio dos jogos, o professor deve em conta a importância da definição dos
conteúdos e das habilidades presentes nas brincadeiras e o planejamento de sua
ação com o objetivo de o jogo não se tornar mero lazer.
Portanto, os professores devem estar preparados
para essa forma de ensino, tornando as aulas produtivas, com brincadeiras
dirigidas.
A capacidade lúdica do professor
é um processo que precisa ser pacientemente trabalhada. Ela não é imediatamente
alcançada. O professor que, não gostando de brincar, esforça-se por fazê-lo,
normalmente assume postura artificial facilmente identificada pelos alunos.
(KISHIMOTO, 1998, p. 122)
O lúdico é válido para uma boa aprendizagem da
Matemática; os jogos contribuem para um trabalho de formação e atitudes, como
enfrentar desafios, buscar soluções, desenvolver críticas, criação de
estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o resultado não for
satisfatório.
A educação lúdica é uma ação essencial para a
criança. A utilização das brincadeiras refletirá em todos os segmentos da vida,
por exemplo:
Uma criança que brinca com bolinha de gude ou de
boneca com seu colega, não está simplesmente brincando ou se divertindo, está
desenvolvendo inúmeras funções cognitivas e sociais.
A prática do ensino lúdico exige a participação
franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em
vista o forte compromisso de transformação e codificação do meio.
2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA MATEMÁTICA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Um assunto muito discutido ultimamente são as
atividades lúdicas e suas finalidades na Educação Infantil. Conduzir a criança
à busca e ao domínio de um conhecimento mais abstrato, misturar habilmente uma
parcela de esforço e uma boa dose de brincadeira, transformaria o aprendizado
num jogo bem-sucedido.
O lúdico proporciona sensação de prazer e bem
estar. Kishimoto (1994) afirma que o jogo é importante para o desenvolvimento
infantil, porque propicia a descontração, a aquisição de regras, a expressão do
imaginário e a apropriação do conhecimento.
Podemos dizer que o jogo serve
como meio de exploração e invenção, reduz a conseqüência os erros e dos
fracassos da criança, permitindo que ela desenvolva sua iniciativa, sua
autoconfiança, sua autonomia. No fundo, o jogo é uma atividade séria que não
tem conseqüência frustrante para a criança. (SMOLE, 1996, p. 138)
O aprendizado lúdico desenvolve a confiança,
fazendo com que a criança participe ativamente de cada atividade sem ter medo
de errar.
Desta forma cria-se um ambiente para o trabalho em
grupo, em que as crianças aprendem a compartilhar, dividir e ajudar o próximo
em qualquer situação.
Segundo Kishimoto (1994), o jogo estimula a
exploração e a solução de problemas e, por ser livre de pressões cria um clima
adequado para a investigação e a busca de soluções.
O jogo pode ser trabalhado individualmente, em
duplas ou em grupos, mas deve ser algo em que crie um espaço de confiança e
criatividade para ser desenvolvido de maneira agradável e espontânea.
Por essas características é que
se pode afirmar que o jogo propicia situações que, podendo ser comparadas a
problemas, exigem soluções vivas, originais, rápidas. Nesse processo, o
planejamento, a busca por melhores jogadas e a utilização de conhecimentos
adquiridos anteriormente propiciam a aquisição de novas idéias, novos
conhecimentos [...] (SMOLE, 1996, p. 138)
Os jogos trazem situações de problemas onde cada
indivíduo deve encontrar o caminho correto para chegar ao final, com isso, a
criança aprende a desenvolver diferentes estratégias a partir de cada desafio
criado nos jogos.
2.1 O Brincar
O que é o brincar? O brincar nada mais é que fingir
uma situação real, encenar, exercer o papel de alguém que tem desejo.
Cada criança, em suas brincadeiras, se comporta
como um poeta, enquanto cria seu próprio mundo, isto é, enquanto transpõe os
elementos formadores de seu mundo para uma nova ordem, mais agradável e
conveniente para ela.
Sendo assim, a criança consegue fugir da realidade
a partir do brincar.
A imaginação é um processo psicológico novo para
cada criança o que representa uma forma especificamente humana de atividade
consciente, que não está presente na consciência das crianças muito pequenas;
tal imaginação surge primeiro em forma de jogo.
Mas, o que muitos não percebem é que é brincando
que todos exploram uma variedade de experiência no decorrer de cada situação,
no entanto a criança brinca de acordo com sua realidade, as vivencias de cada
dia.
Para muitos fora do processo de educação, o brincar
é simplesmente uma forma de acalmar a criança, deixando-a livre para fazer o
que quiser. Mas o brincar na escola tem o objetivo de proporcionar o
desenvolvimento da aprendizagem.
Ainda hoje, muitos professores acreditam que o
brincar se resume em brincadeiras que trabalhem a coordenação motora, como o
correr, pular arremessar.
O que muitos precisam entender é que o brincar é um
meio real de desenvolvimento a aprendizagem para toda vida. Por meio do brincar
a criança será capaz de aumentar e enriquecer a sua aprendizagem.
Na educação, o brincar permite também que os
professores aprendam a conhecer as crianças e suas necessidades. Isso significa
que os professores serão capazes de compreender as necessidades gerais e
individuais dos alunos assim, todos terão uma aprendizagem mais dinâmica e
prazerosa, criando um ambiente agradável para estimulação do raciocínio lógico,
criatividade, imaginação, memorização, socialização e capacidade de estratégia.
2.2 O Jogo
A palavra “jogo” tem vários significados, quando
pronunciada é possível que se entenda de várias maneiras. O jogo nada mais é
que uma atividade física ou mental que tem valor de formação interagindo na
relação social e na interação com os demais indivíduos, proporcionando o
respeito, a solidariedade, a cooperação e o valor às regras.
É jogando que a criança mostra as suas vivências.
Ela transforma o real de acordo com seus desejos, no entanto, pode-se afirmar
que a criança assimila e constrói a partir do jogo.
Segundo Kishimoto (1998), as situações de jogo são
consideradas como parte das atividades pedagógicas, porque são elementos
estimuladores do desenvolvimento.
Os jogos, para as crianças da Educação Infantil,
constituem-se em atividades que trazem grandes benefícios para a aprendizagem,
satisfazendo as necessidades do ensino.
Assim como a poesia, os jogos infantis despertam o
imaginário, a memória dos tempos passados.
Cada professor deve pesquisar, criar e aplicar os
seus jogos, mas sempre estando de acordo com os objetivos do ensino e da
aprendizagem.
Então, a criança deve agir junto ao professor,
seguindo as regras de cada atividade. Por sua vez, ao professor cabe criar
novos jogos e novas regras.
2.3 O Jogo e a Matemática
Desde tempos atrás, nota-se os problemas do ensino
da matemática, onde muitos alunos não se interessam por ela, tornando assim o
ensino da matemática cada vez monótono e maçante.
Com o passar do tempo, vários métodos foram sendo
colocados em prática.
Desta forma os jogos foram trazidos para a sala de
aula, tornando o aprendizado mais lúdico.
Nesta perspectiva, o jogo
torna-se conteúdo assumido, com a finalidade de desenvolver habilidades de
resolução de problemas, possibilitando ao aluno a oportunidade de estabelecer
planos de ação para atingir determinados objetivos [...] (KISHIMOTO, 2000, pp.
80 - 81)
Os jogos, no ensino da matemática, proporcionam a
sensação de prazer e bem estar, devolvem o gosto pelos números, deixando a
criança livre para se expressar, não tendo medo de errar e expor as suas
opiniões.
Para as crianças a serventia dos jogos, no ensino
da matemática, se tornou algo mais do que necessário para a aprendizagem, pois
é jogando e brincando que todos irão se entender e compreender melhor.
O jogo na educação matemática passa a ter o caráter
de material de ensino quando é considerado promotor de aprendizagem, pois é
jogando e brincando que todos irão se entender e compreender melhor.
O jogo na educação matemática passa a ter o caráter
de material de ensino quando é considerado promotor de aprendizagem. A criança
se coloca diante de situações lúdicas, aprende a estrutura lógica da
brincadeira e, deste modo, aprende também a estrutura matemática presente.
Os professores não devem esquecer-se de passar aos
alunos a importância das regras e, com isso, o jogo só deve começar a partir do
momento em que todos os jogadores conseguirem compreender os significados das
regras e da cooperação.
Trabalhando o significado das regras pelo jogo,
desde a infância, a criança cresce aprendendo o sentido das coisas,
compreendendo o que pode e o que não pode, diferenciando o certo do errado.
Além disso, os conceitos matemáticos podem ser
trabalhados e construídos de forma prazerosa.
3. O ENSINO DE MATEMÁTICA DE ACORDO COM REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Na Educação Infantil, a criança tem a capacidade e
a possibilidade de absorver conhecimentos que serão levados e lapidados ao
longo da vida.
A escola utiliza as vivencias das crianças como
ponto de partida e dá continuidade, ampliando seu conhecimento. É nesse período
que a criança terá a base de sua educação e o aprendizado da Matemática
torna-se essencial.
Quando falamos em Matemática, pensamos logo em
quantidades e cálculos, mas ela abrange muito mais que isso.
Desde pequenos estamos inseridos em um mundo onde
utilizamos a Matemática de forma informal e natural, seja para contarmos os
integrantes da família ou brincarmos com jogos que exijam raciocínio lógico e
estratégias.
Segundo o RCNEI (1998), a Matemática ajuda no
desenvolvimento de pessoas independentes capazes de argumentar e solucionar
problemas.
Desta forma, quanto mais cedo forem trabalhados os
conceitos matemáticos melhor será o resultado no futuro, quando os alunos terão
que enfrentar a Matemática de forma mais complexa, no Ensino Fundamental e
Médio.
(...) a instituição da Educação
Infantil pode ajudar as crianças a organizarem melhor as suas informações e
estratégias, bem como proporcionar condições para a aquisição de novos
conhecimentos matemáticos. O trabalho com noções matemáticas na educação
infantil atende, por um lado, às necessidades das próprias crianças de
construírem conhecimentos que incidam nos mais variados domínios do pensamento,
por outro, corresponde a uma necessidade social de instrumentalizá-las melhor
para viver, participar e compreender um mundo que exige diferentes
conhecimentos e habilidades. (RCNEI, 1998, p. 209)
Justamente por todos esses benefícios que o
aprendizado da Matemática nos proporciona, é que o método utilizado pelos
professores vem sendo discutido.
Para alguns alunos que não tiveram a oportunidade
de um conhecimento espontâneo e gradual, a Matemática torna-se um trauma em
toda sua formação acadêmica.
De acordo com o RCNEI (1998), há um grande equivoco
em ensinar Matemática por meio da memorização e repetição, onde a criança
apenas decora e não entende realmente a lógica.
Já o trabalho com classificação e seriação é
fundamental, para termos capacidade de ordenar, classificar e comparar,
desenvolvendo o raciocínio lógico.
A classificação e a seriação têm
papel fundamental na construção de conhecimento em qualquer área, não só em
Matemática. Quando o sujeito constrói conhecimento sobre conteúdos matemáticos,
como sobre tantos outros, as operações de classificação e seriação
necessariamente são exercidas e se desenvolvem, sem que haja um esforço
didático especial para isso. (RCNEI, 1998, p. 210)
Atualmente, o ensino através do lúdico vem ganhando
cada vez mais espaço. O que antes era ensinado de forma repetitiva e sem
criatividade, hoje já está sendo substituído por jogos e brincadeiras
divertidas e educativas.
Nada mais propício e eficaz em se falando de
Educação Infantil, pois a criança em contato com jogos e brinquedos sente-se em
seu mundo, estimulando seu interesse e atenção de forma prazerosa.
Utilizar o jogo na Educação
Infantil significa transportar para o campo de ensino-aprendizagem condições
para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do
lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora.
(RCNEI, 1998, p. 37)
A utilização do lúdico no ensino da Matemática, na
educação infantil, aplicada de forma correta, pode favorecer muito a
aprendizagem do aluno.
Segundo o RCNEI (1998), o professor não deve
confundir que apenas com jogos a criança irá aprender Matemática; as
brincadeiras e atividades lúdicas devem ser muito bem dirigidas e terem alguma
finalidade.
Deste modo, as crianças serão incentivadas a
acharem soluções, usarem a lógica, a capacidade de estratégia e a tomada de
atitudes.
O jogo pode tronar-se uma
estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pelo adulto
visando a uma finalidade de aprendizagem, isto é, proporcionar à criança algum
tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude. Para que isso ocorra, é
necessário haver umza intencionalidade educativa, o que implica planejamento e
previsão de etapas pelo professor, para alcançar objetivos predeterminados e
extrair do jogo atividades que lhe serão decorrentes. (RCNEI, 1998, p.212)
De acordo com este documento, o ensino de
matemática tem como objetivo:
- O desenvolvimento de situações envolvendo matemática no nosso dia-a-dia,
- O conhecimento dos números,
- O saber contar,
- Noções de espaço físico, medidas e formas,
- A estimulação da autoconfiança da criança ao se deparar comproblemas e desafios.
Segundo o RCNEI (1998), os conteúdos de Matemática
devem ser selecionados, levando em conta os conhecimentos que as crianças
possuem ampliando-os cada vez mais.
Na fase de 0 a 3 anos, a criança está naturalmente
inserida no mundo da Matemática, é nessa idade que a criança desenvolve a noção
espacial, a capacidade de estratégia e raciocínio lógico, ao engatinharem e
andarem pelos lugares.
Os jogos de encaixe, brincadeiras de faz-de-conta,
painéis com datas de aniversários e medidas (peso, tamanho, etc.) também são
excelentes opções de atividades para o professor estar trabalhando com as
crianças. A música é essencial nessa fase, pois desenvolve o ritmo, memorização
e sequência através das letras, além de trabalhar a expressão corporal.
Na fase dos 4 aos 6 anos, o RCNEI (1998) divide os
conteúdos em três blocos: “Números e Sistema de Numeração”, “Grandezas e
Medidas” e “Espaço e Formas”.
Esses três blocos devem ser trabalhados de forma
integrada. Vejamos cada um deles.
3.1 Números e Sistema de Numeração
Este bloco de conteúdos envolve contagem, notação e
escrita numérica e as operações matemáticas (RCNEI, 1998).
Considera-se que a criança deve saber lidar com os
números, contagem e terem capacidade de resolverem problemas utilizando as
operações matemáticas.
De acordo com o RCNI (1998), isso pode ser
trabalhado através de contagem oral nas brincadeiras, jogos de esconder ou de
pega-pega, brincadeiras e músicas que explodem os números e diferentes formas
de contar.
3.2 Grandezas e Meduidas
A compreensão dos números, bem como de muitas das
noções relativas ao espaço e às formas, é possível graças às medidas.
É através das grandezas e medidas que a criança
compreenderá muitos conceitos matemáticos. Elas estão presentes o tempo todo no
dia-a-dia das crianças, pois aprendem qual brinquedo é mais leve e qual é o
mais pesado, qual objeto está perto e qual está longe, sabem quando um copo
está cheio ou não, entre outras coisas.
O professor pode propor atividades criativas para
trabalhar com esses dois conceitos, explorando e ampliando o conhecimento dos
alunos.
Podem ser trabalhados alimentos quentes e frios,
desenvolvendo a noção de temperatura; trabalhar medindo a sala e os amigos,
proporcionando o desenvolvimento da capacidade de observação, comparação
sensorial e comparação entre dois objetos ou pessoas; trabalhar com calendários
e datas comemorativas como: aniversários, Natal, dia das mães/pais, etc.
3.3 Espaço e Forma
De acordo com (RCNEI, 1998) trabalhar com espaço e
forma possibilita que os alunos explorem e identifiquem objetos e figuras,
tipos de contornos, identificação de ponto de referencia, etc.
O desenho é uma atividade rica nesses dois
conceitos, pois as crianças podem representar a realidade no papel utilizando
diferentes materiais (massa de modelar, areia, argila, etc).
Outra atividade importante para esse
desenvolvimento é a construção de maquetes
As crianças exploram o espaço ao
seu redor e, progressivamente, por meio da percepção e da maior coordenação de
movimentos, descobrem profundidades, analisam objetos, formas, dimensões,
organizam mentalmente seus deslocamentos. Aos poucos, também antecipam seus
deslocamentos podendo representá-los por meio de desenhos, estabelecendo
relações de contorno e vizinhança. Uma rica experiência nesse campo possibilita
a construção de sistemas de referências mentais mais amplos que permitem às
crianças estreitarem a relação entre o observado e representado. (RCNEI, 1998,
p.230)
É através da curiosidade que as crianças vão
explorando o mundo e descobrindo cada vez mais sobre ele, criando conceitos
através de jogos e atividades e relacionando-os com a realidade.
O professor deve estar ciente que considerar o que
o aluno já sabe, e aprofundar seus conhecimentos é a maneira mais adequada de
desenvolver e estimular o aluno a sempre querer saber mais.
Brincar é essencial para acriança, pois é deste
modo que ela descobre o mundo à sua volta e aprende a interagir com ele. O
lúdico está sempre presente, o que quer que a criança esteja fazendo (Zatz;
Zatz; Halaban 2006, p.13)
É fundamental que o professor tenha a sensibilidade
de enxergar seu aluno como realmente ele é: uma criança.
Portanto, é preciso se envolver no seu mundo,
abusar da imaginação e fantasias e desenvolver atividades lúdicas tornando o
aprendizado natural como o brincar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo buscou mostrar ao leitor que o
aprendizado na Educação Infantil torna-se essencial.
É nesta fase que as crianças desenvolverão
conceitos importantes dos quais utilizarão ao longo da vida.
A Matemática é uma ciência que nos acompanha desde
cedo. Ainda pequenos aprendemos a contar nossa idade, familiares, memorizar
regras de jogos, entre outras coisas.
O lúdico exerce um papel fundamental e merece
atenção dos professores que trabalham com Educação Infantil.
Através das brincadeiras a criança descobre muito
dos outros e de si mesma, desenvolvendo sua socialização, memorização,
imaginação, noção de tempo/espaço, criatividade, raciocínio lógico, além de
aspectos afetivos e emocionais.
Com as brincadeiras a criança compreende melhor sua
realidade e a explora dando – lhe significados.
O professor deve estar consciente de que os jogos e
brincadeiras utilizados devem ser bem elaborados e dirigidos, com finalidades
pedagógicas.
O RCNEI defende a ideia de que o aprendizado da
Matemática ajuda na formação dos seres independentes e com facilidade para se
expressarem, sendo capazes de solucionar seus problemas e obstáculos. Deixa
claro também que ensinar Matemática por meio da memorização e repetição é um
erro, pois os alunos não entendem a lógica e apenas decoram.
A melhor opção é trabalhar com seriação e
classificação que desenvolve capacidade de ordenar, classificar e comparar,
desenvolvendo o raciocínio lógico.
Trabalhar com o que é orientado pelo Referencial
através do lúdico é a forma mais interessante e dinâmica para o desenvolvimento
do raciocínio lógico, memorização, capacidade de estratégia e, desta forma,
formar alunos expressivos e capazes de argumentar.
Valdivino Sousa é Professor,
Matemático, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito e Escritor.
Pesquisador sobre Engenharia Didática em Educação Matemática; Modelagem;
Construção do Conhecimento em Matemática; Modelos Matemáticos e suas
Aplicações. Seu trabalho é reconhecido com Medalha de Mérito como
docente pelo Instituto Matematics. É Professor nos cursos de Matemática,
Ciências Contábeis, Administração e Engenharia. Dedica-se também a área
contábil, com mais de 20 anos de experiência e desde 2005 é Contador
responsável da Alves Contabilidade e Consultoria Tributária. Atuante nas
seguintes áreas: Tributária, Contábil e das Entidades sem fins
Lucrativos. Autor de mais de 10 (dez) livros e têm vários artigos
publicados em revistas e jornais especializados nos assuntos de
Legislação tributária e contábil. Semanalmente escreve para o portal
D.Dez, Jornal da Cidade e Folha Online. Sobre: Educação Matemática,
Desenvolvimento da Aprendizagem e Comportamento Site:
www.valdivinosousa.mat.br E-Mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Cel
Whatsap 11- 9.9608-3728
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. RCNEI – Referencial Curricular Nacional
da Educação Infantil – Brasil:1998.
HALABAN, Sérgio; ZATZ, André e ZATZ, Sílva. Brinca
Comigo! Editora Marco Zero: 2006
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo,
brincadeiras e a educação. 4ª Ed. São Paulo, Editora Cortez: 2000.
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na
Educação Infantil. A teoria das inteligências múltiplas na prática escolar.
Porto Alegre, Editora Artes Médicas: 1996.
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