Equação é uma maneira de
resolver situações nas quais surgem valores desconhecidos quando se tem
uma igualdade. A palavra “equação” vem do latim equatione, equacionar, que quer dizer igualar, pesar, igualar em peso. E a origem primeira da palavra “equação” vem do árabe adala,
que significa “ser igual a“, de novo a idéia de igualdade. Por serem
desconhecidos, esses valores são representados por letras. Por isso na
língua portuguesa existe uma expressão muito usada: “o x da questão”.
Ela é utilizada quando temos um problema dentro de uma determinada
situação. Matematicamente, dizemos que esse x é o valor que não se
conhece.
Os gregos resolviam
equações através de Geometria. Mas foram os árabes que, cultivando a
Matemática dos gregos, promoveram um acentuado progresso na resolução de
equações. Para representar o valor desconhecido em uma situação
matemática, ou seja, em uma equação, os árabes chamavam o valor
desconhecido em uma situação matemática de “coisa”. Em árabe, a palavra
“coisa” era pronunciada como xay. Daí surge o x como tradução simplificada de palavra “coisa” em árabe.
No trabalho dos árabes, destaca-se o de Al-Khowarizmi (século IX), que resolveu e discutiu equações de vários tipos.
Al-Khowarizmi é
considerado o matemático árabe de maior expressão do século IX. Ele
escreveu dois livros que desempenharam importante papel na história da
Matemática. Num deles, Sobre a arte hindu de calcular, Al-Khowarizmi faz uma exposição completa dos numerais hindus. O outro, considerado o seu livro mais importante, Al-jabr wa’l mugãbalah, contém uma exposição clara e sistemática sobre resolução de equações.
As equações ganharam
importância a partir do momento em que passaram a ser escritas com
símbolos matemáticos e letras. O primeiro a fazer isso foi o francês
François Viète, no final do século XVI. Por esse motivo é chamado
“pai da Álgebra”. Viète também foi o primeiro a estudar as propriedades
das equações através de expressões gerais como ax + b = 0. Graças a
Viète os objetos de estudo da Matemática deixaram de ser somente
problemas numéricos sobre preços das coisas, idade das pessoas ou
medidas dos lados das figuras, e passaram a englobar também as próprias
expressões algébricas.
A partir desse momento,
as equações começaram a ser interpretadas como as entendemos atualmente:
equação, o idioma da álgebra. Atualmente as equações são usadas, entre
outras coisas, para determinar o lucro de uma firma, para calcular a
taxa de uma aplicação financeira, para fazer a previsão do tempo, etc. E
devido a evolução dos estudos das equações, podemos utilizar outras
variáveis, letras, para representar o valor desconhecido, ou seja, o que
se quer descobrir em uma equação.Hoje, chamamos o termo desconhecido de
incógnita, que é uma palavra originária do latim incognitu, que
também quer dizer “coisa desconhecida”. A incógnita é um símbolo que
está ocupando o lugar de um elemento desconhecido em uma equação.
Ao
resolvermos uma equação do 1º grau obtemos um resultado (esse resultado
é um valor numérico que, substituindo a incógnita por ele, chegamos a
uma igualdade numérica), esse pode ser chamado de raiz da equação ou
conjunto verdade ou conjunto solução da equação. Veja o exemplo:
2x - 10 = 4 é uma equação do 1º grau.
2x = 4 + 10
2x = 14
x = 14
2 Logo 7 é o conjunto verdade da equação, solução ou raiz da equação 2x - 10 = 4.
2x = 4 + 10
2x = 14
x = 14
2 Logo 7 é o conjunto verdade da equação, solução ou raiz da equação 2x - 10 = 4.
Se substituirmos o x (incógnita) pela raiz, chegaremos a uma igualdade numérica, veja:
2 . 7 - 10 = 4
14 – 10 = 4 veja que 4 = 4 é uma igualdade numérica, tiramos a prova real de que 7 é raiz da equação
2 . 7 - 10 = 4
14 – 10 = 4 veja que 4 = 4 é uma igualdade numérica, tiramos a prova real de que 7 é raiz da equação
É
através desse conjunto verdade que identificamos as equações
equivalentes, pois quando o conjunto verdade de uma equação é igual ao
conjunto verdade de outra equação dizemos que as duas são equações
equivalentes. Assim, podemos definir equações equivalentes como:
Duas ou mais equações somente são equivalentes se o seu conjunto verdade for igual
Veja um exemplo de equação equivalente:
Dada
as equações 5x = 10 e x + 4 = 6. Para verificar se elas são
equivalentes deve-se primeiro achar o conjunto verdade de cada uma.
5x = 10 x + 4 = 6
x = 10 : 5 x = 6 - 4
x = 2 x = 2
5x = 10 x + 4 = 6
x = 10 : 5 x = 6 - 4
x = 2 x = 2
Princípio aditivo da igualdade.
Vamos a mais um exemplo:
Conforme
o princípio aditivo da igualdade, as duas equações são equivalentes. Se
acharmos as raízes das duas equações, perceberemos que são iguais,
então afirmaremos o que esse princípio diz que as duas são equivalentes.
Veja o cálculo das suas raízes:
3x – 1 = 8 3x + 4 = 13
3x = 8 + 1 3x = 13 - 4
3x = 9 3x = 9
x = 9 : 3 x = 9 : 3
x = 3 x = 3
3x – 1 = 8 3x + 4 = 13
3x = 8 + 1 3x = 13 - 4
3x = 9 3x = 9
x = 9 : 3 x = 9 : 3
x = 3 x = 3
Princípio multiplicativo da igualdade
Esse
princípio diz que ao multiplicarmos ou dividirmos os dois membros da
igualdade pelo mesmo número, desde que esse seja diferente de zero,
obteremos outra equação que será equivalente à equação dada. Veja o
exemplo:
Dada
a equação x – 1 = 2, uma das formas de achar uma equação equivalente a
ela é utilizando o princípio multiplicativo da igualdade. Se
multiplicarmos os dois membros dessa igualdade por 2, teremos:
4 . (x – 1) = 2 . 4
4x – 4 = 8 chegamos à outra equação que é equivalente à equação x – 1 = 2.
Já sabemos que suas equações são equivalentes se suas raízes são iguais. Então, vamos calcular as raízes do exemplo acima, para verificarmos se realmente são equivalentes.
x – 1 = 2 4x – 4 = 8
x = 2 + 1 4x = 8 + 4
x = 3 4x = 12
x = 12 : 4
x = 3
As raízes são iguais, portanto confirmamos o princípio multiplicativo da igualdade.
4 . (x – 1) = 2 . 4
4x – 4 = 8 chegamos à outra equação que é equivalente à equação x – 1 = 2.
Já sabemos que suas equações são equivalentes se suas raízes são iguais. Então, vamos calcular as raízes do exemplo acima, para verificarmos se realmente são equivalentes.
x – 1 = 2 4x – 4 = 8
x = 2 + 1 4x = 8 + 4
x = 3 4x = 12
x = 12 : 4
x = 3
As raízes são iguais, portanto confirmamos o princípio multiplicativo da igualdade.
Toda equação do 1º grau com uma incógnita é representada pela forma geral ax + b = c, com a, b e c pertencentes aos números reais, sendo a ≠ 0
Equações do 1º grau com duas incógnitas
Existe também as equações do 1º grau com duas incógnitas são
representadas pela expressão ax + by = c, asendo a ≠ 0, b ≠ 0 e c
assumindo qualquer valor real. Nesse modelo de equação, os valores de x e
y estão ligados através de uma relação de dependência. Observe exemplos
de equações com duas incógnitas:
3x + 7y = 5,
Essa
relação de dependência pode ser denominada de par ordenado (x, y) da
equação, os valores de x dependem dos valores de y e vice versa.
Atribuindo valores a qualquer uma das incógnitas descobrimos os valores
correlacionados a elas. Por exemplo, na equação
3x + 7y = 5, vamos substituir o valor de y por 2:
3x + 7y = 5, vamos substituir o valor de y por 2:
3x + 7*2 = 5
3x + 14 = 5
3x = 5 – 14
3x = – 9
x = – 9 / 3
x = – 3
3x + 14 = 5
3x = 5 – 14
3x = – 9
x = – 9 / 3
x = – 3
Temos que para y = 2, x = – 3, estabelecendo o par ordenado (–3, 2).
A
determinação do par ordenado é de grande importância para a construção
da reta representativa da equação do 1º grau no plano cartesiano. Esses
conceitos são muito utilizados na elaboração de gráficos de funções,
como na Geometria Analítica que relaciona os estudos algébricos com a
Geometria, sendo de extrema importância para o cotidiano matemático.
Valdivino Sousa
é Professor, Matemático, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito e
Escritor. Pesquisador sobre Engenharia Didática em Matemática;
Modelagem; Construção do Conhecimento em Matemática; Modelos Matemáticos
e suas Aplicações. Seu trabalho é reconhecido com Medalha de Mérito
como docente pelo Instituto Matematics. É Professor nos cursos de
Matemática, Ciências Contábeis, Administração e Engenharia. Dedica-se
também a área contábil, com mais de 20 anos de experiência e desde 2005 é
Contador responsável da Alves Contabilidade e Consultoria Tributária.
Atuante nas seguintes áreas: Tributária, Contábil e das Entidades sem
fins Lucrativos. Autor de mais de 10 (dez) livros e têm vários artigos
publicados em revistas e jornais especializados nos assuntos de
Legislação tributária e contábil. Semanalmente escreve para o portal
D.Dez, Jornal da Cidade e Folha Online. Site: www.valdivinosousa.mat.br E-Mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Cel Whatsap 11- 9.9608-3728
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